o essencial

terça-feira, 8 de dezembro de 2009







“Os primeiros amores, a lembrança do primeiro beijo;
Por um breve instante voltar a ser criança, maravilhada como tudo que é novo
Histórias que não se apagam, registradas na alma, como páginas de um diário.
Que somente nós podemos ler...

Pelos movimentos da dança, se comunicam os seres humanos.
No ritmo sensual que envolve o corpo.
Uma música exótica hipnotiza nossos sentidos.
Somos capturados por uma magia e nada se pode fazer
Pois já somos escravos antes de saber...

A aventura de explorar novos terrenos,
Nas curvas e trilhas de teu corpo fazer um safári,
Selvagem e primitivo, calor que faz transpirar,
O suor pelo rosto, desliza no corpo.
Uma febre ou um delírio, jamais se esquece.
O toque da pele, do instinto e do cheiro...

O vapor traz os mistérios das silhuetas,
O clima etéreo dos mundos onde passeia o espírito.
O ar quente que embaça os vidros, envolvendo em nuvens os ambientes,
Desenha em nossa imaginação, todas as cores e gestos,
Deixando os espelhos sem reflexo,
Às vezes, é necessário se perder, para poder se encontrar...

Brincadeira de amor, só entende quem namora...
Para explicar o amor, mil filósofos não bastam;
Para o verdadeiro amante, o entanto,
Um simples sorriso ou olhar o faz compreender tudo.
Ele é capaz de perder um coração cada dia,
Para a cada noite, reencontra-lo...

Tudo se transforma na natureza...
O dia em noite, a nuvem em chuva, o beijo em união...
Como na metamorfose da borboleta, a dança dos momentos não se prende ao tempo.
Podemos ser o que sonhamos, ou será que já somos e apenas sonhamos?

Quando a noite chega, a janela entreaberta deixa o sussurro do vento.
Acariciar as cortinas. No céu estrelado, junto a varanda de um palácio,
A noite traz um misterioso amante em seu cavalo alado.
Familiar e ao mesmo tempo desconhecido, como uma foz longuinqua que deixamos de ouvir.
Será que existe ou somos nós que criamos?

(...)

Desvendar segredos, conhecer a fundo os mistérios do ser amado, não é para todo mundo.
Qualquer um que percorra este caminho deve saber que também seus segredos mais íntimos serão revelados. A porta que se abre, o faz nos dois sentidos...
Neste sutil espaço é onde se encontra a chave.
Quem sai, também permite que alguém possa entrar...”
Do álbum Art of Seduction de Corciolli

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