o essencial

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Inteligência Emocional

 

 

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

 

Desenvolver a inteligência emocional é essencial para o sucesso pessoal e profissional. Definida pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer, essa habilidade envolve a capacidade de monitorar e regular nossas emoções e as emoções dos outros, impactando positivamente nossas interações e decisões.

Daniella Kirsten, coach e diretora da Febracis Paraná, enfatiza que a inteligência emocional ajuda a evitar reações impulsivas e a lidar com situações desafiadoras de forma racional. "Pessoas com inteligência emocional são capazes de avaliar a situação e pensar em como resolvê-la, em vez de entrar em pânico ou se desesperar. Claro que esses sentimentos existirão, pois as emoções são intrínsecas aos seres humanos, mas a capacidade de racionalizar e deixar essas emoções afloradas de lado, focando na proatividade, é o que caracteriza uma pessoa emocionalmente inteligente", explica.


 

Pensando nisso, Daniella separou oito dicas práticas para desenvolver a inteligência emocional:

Pratique a empatia

Entenda os sentimentos dos outros e questione suas próprias emoções.

 

Lide com emoções negativas

Em vez de reagir impulsivamente a eventos negativos, concentre-se em buscar soluções e opções para lidar com essas situações.

 

Esteja consciente dos sinais do seu corpo

Preste atenção nas mensagens do seu corpo sobre suas emoções. Seu corpo e seus comportamentos fornecem pistas importantes sobre suas emoções e bem-estar. Observe os detalhes de como estão seu corpo e sua mente e tome atitudes que tragam qualidade de vida, afastando-se daquelas que não lhe fazem bem.

Gerencie a ansiedade e o estresse

Para manter o equilíbrio em situações estressantes, é essencial aprender a administrar a pressão da melhor maneira. Descubra a melhor forma de cuidar da sua mente e manter a calma. Atitudes simples, como sair de determinado ambiente e dar uma caminhada, tomar um chá, fazer alongamentos ou meditar, podem ser um remédio eficaz.

 

Respeite seus limites

O autoconhecimento é o primeiro passo para reconhecer seus próprios limites. Respeite esses limites, estabeleça prioridades e cuide do seu bem-estar para evitar frustrações e sentimentos negativos. Quem tem inteligência emocional sabe olhar para si e para os outros com a experiência adquirida.

 

Evite julgamentos precipitados

Desenvolver a inteligência emocional requer paciência e perseverança. Nesse contexto, é importante evitar fazer julgamentos precipitados em relação a comportamentos ou opiniões alheias, buscando pensar cuidadosamente antes de tomar decisões ou emitir juízos. D

 

Pense antes de reagir

Evite responder aos estímulos rapidamente e reagir de forma inconsciente, priorizando as respostas conscientes. O imediatismo é inimigo da precisão. Pense nisso antes de reagir evitando que o lado emocional do seu cérebro funcione mais rapidamente do que seu lado racional.

 

Treine seu cérebro

É possível treinar seu cérebro para desenvolver comportamentos emocionalmente inteligentes. Transforme esses comportamentos em hábitos para enriquecer sua vida e sua carreira.

 


 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

DIFERENÇA ENTRE PESSOAS AUTOCONFIANTES E NARCISISTAS



Em tempos de tanta exposição fica tênue entender quem aposta em seu próprio taco e quem realmente exagera no quesito 'eu me amo'. Ser autoconfiante ou ser narcisista de um ponto de vista mais superficial até parece a mesma coisa, mas não é. Internamente ambos são muito diferentes porque são o oposto um do outro. Enquanto a autoconfiança pode ser considerada uma virtude em que o indivíduo se sente bem consigo e, mesmo diante de dificuldades, consegue encontrar saídas, o narcisismo é tratado como uma psicopatologia. "Ele revela o exagero no olhar para si mesmo, uma arrogância e uma diminuição da importância do outro", completa a psicóloga e psicanalista Luciana Balestrin Redivo Dreh, professora do curso de psicologia na Escola de Ciências da Saúde PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Ainda parece confuso? Por sorte, existem 7 características bem definidas que ajudam a diferenciar um e outro. E para ajudar a entender a forma de agir de um autoconfiante e de um narcisista, o psicólogo Fabricio Guimarães, Doutor e Mestre em Psicologia Clínica pela UnB (Universidade de Brasília) e Membro do Núcleo de Gênero e Psicologia Clínica e Cultura da mesma instituição (NEGENPSIC/IP/UnB), aponta aqui os traços de cada um.

1. Autoestima
Autoconfiante: pessoa bem resolvida que não depende da aprovação do outro, portanto não precisa se expor. Ela mesma sabe reconhecer seus potenciais e seus defeitos, conseguindo lidar com cada um deles
Narcisista: vende a ideia de que se gosta muito, mas no fundo tem baixa autoestima e necessita da valorização externa. Ele se mostra em busca de elogio, e quer que as pessoas o considerem bem resolvido.   

2. Reconhecimento de suas limitações
 Autoconfiante: sabe valorizar o que tem de positivo, mas não se considera superior diante dos outros. Também aceita suas limitações, sem se abalar com dificuldades e problemas, pois confia que irá conseguir enfrenta-los.
Narcisista: se considera superior e tenta sempre mostrar que é melhor que o outro. Ele não consegue reconhecer suas limitações, acredita ser perfeccionista e não enxerga (ou até nega) seus defeitos.

3. Exagero x Realidade
Autoconfiante: tem uma percepção real de suas qualidades e defeitos.
Narcisista: exagera em tudo, colocando um holofote apenas no que tem de bom.

4. Ser assertivo x querer chamar atenção
Autoconfiante: consegue conversar e argumentar, não precisa se impor ou ser agressivo, acima de tudo sabe ouvir o outro.
Narcisista: não sabe ouvir, só quer ser a atenção a qualquer custo.

5. Empatia x Desprezo
Autoconfiante: consegue se colocar no lugar do outro, entender as dificuldades alheias e perceber as qualidades, elogiando e dando um retorno positivo.   
Narcisista: despreza qualquer qualidade positiva do outro, pois enxerga isso como um risco para a sua soberania.

6. Egoísmo x Cooperação   
Autoconfiante: trabalha junto e coopera, está sempre dividindo as glórias com a equipe, todos podem ser elogiados.   
Narcisista: só quer a autovalorização, e o mundo gira em torno de si. Se puder tirar proveito de uma situação em benefício próprio irá fazê-lo, mesmo que tenha que passar por si do outro.   

7. Arrogância x Compaixão   
Autoconfiante: sabe entender o erro do outro e ajudar, consegue criticar positivamente e usar o erro para um crescimento em conjunto.   
Narcisista: não desperdiça a oportunidade para apontar o dedo, destacar os defeitos alheios.   

É preciso buscar ajuda!   
"É muito fácil identificar as diferenças entre um e outro, pois o autoconfiante suporta as qualidades do outro, enquanto o narcisista sofre com isso e precisa de ajuda", confirma Guimarães. O narcisismo tem a ver com certo investimento amoroso em si mesmo e em sua autoimagem, isso se torna algo fundamental para a saúde psíquica da pessoa. Portanto, uma pessoa autoconfiante suporta as situações de frustrações ou fracassos da vida sem desmoronar.   
Já um narcisista estruturalmente ferido exige muitas defesas que tentam proteger tal fragilidade. "Ainda que pareça se tratar de um excesso de confiança, está em posição oposta à da autoconfiança ou à autoestima, refletindo feridas malcuidadas que precisam ser protegidas a todo custo", explica psicanalista Berta Hoffmann, mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e membro associado à SBPSP (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo). Para algumas pessoas, um arranhão em sua imagem é encarado como algo insuportável, assim como a potência do outro pode ser sentida como ataque à sua, sendo preciso diminuir os feitos alheios para proteger a si mesmo
E para enfrentar essa situação, é importante um espaço de análise para a ampliação do conhecimento de si, por meio de uma escuta ética e qualificada de um psicólogo.
Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/01/29/pessoas-autoconfiantes-podem-ser-narcisistas-veja-como-diferenciar.htm

terça-feira, 18 de junho de 2019


A diferença entre adorar e amar explicada em ‘O Pequeno Príncipe’

Adorar e amar são dois sentimentos maravilhosos mas, sem dúvida, distintos. Todos (ou quase todos) nós temos um propósito firme e intangível na nossa vida: amar alguém com todas as nossas forças.
Nós pensamos sobre isso e desejamos fervorosamente pelo simples fato de que nós pensamos que realizar estes objetivos nos conduz à felicidade. Não estamos errados em pensar que o apego saudável é indispensável para explorar o nosso mundo.
No entanto, por diversas razões, acabamos confundindo o adorar com o amar e vice-versa. Como consequência desta confusão, enchemos a nossa mochila emocional de “eu te adoro” falsos e de “eu te amo” vazios.
A sabedoria emocional presente nos diálogos de O Pequeno Príncipe
Saint-Exupéry nos oferece uma magnífica passagem na obra ‘O Pequeno Príncipe’ que podemos pegar para ilustrar este artigo, a fim de lançar luz sobre essa realidade emocional poderosa que afeta quase todas as pessoas em um momento ou outro da vida.
—Eu te amo —disse o Pequeno Príncipe.
—Eu também te adoro —respondeu a rosa.

—Mas não é a mesma coisa —respondeu ele, e logo continuou— Adorar é tomar posse de algo, de alguém. É buscar nos outros o que preenche as expectativas pessoais de afeto, de companhia. Adorar é fazer nosso aquilo que não nos pertence, é se apropriar ou desejar algo para nos completar, porque em algum momento reconhecemos que estamos carentes.
Adorar é esperar, é se apegar às coisas e às pessoas a partir das nossas necessidades. Então, quando não temos reciprocidade, existe sofrimento. Quando o “bem” adorado não nos corresponde, nos sentimos frustrados e decepcionados.
Se eu adoro alguém, eu tenho expectativas e espero algo. Se a outra pessoa não me dá o que eu espero, eu sofro. O problema é que há uma maior probabilidade de que a outra pessoa tenha outras motivações, pois somos todos muito diferentes. Cada ser humano é um universo.
Amar é desejar o melhor para o outro, mesmo quando as duas pessoas têm motivações bem diferentes. Amar é permitir que você seja feliz, quando o seu caminho é diferente do meu. É um sentimento altruísta que nasce ao se entregar, é se dar por completo a partir do coração. Por isso, o amor nunca será causa de sofrimento.
Quando uma pessoa diz que já sofreu por amor, na verdade ela sofreu por adorar, não por amar. As pessoas sofrem pelo apego. Se alguém ama realmente, não pode sofrer, pois não espera nada do outro. Quando amamos, nos entregamos sem pedir nada em troca, pelo simples e puro prazer de dar. Mas também é certo que essa entrega, este “se entregar” altruísta, só acontece no conhecimento.
Só podemos amar o que conhecemos, porque amar envolve saltar para o vazio, confiar a vida e a alma. E a alma não se indeniza. E conhecer a si mesmo é justamente saber de si, das suas alegrias, da sua paz, mas também das suas raivas, das suas lutas, dos seus erros. Porque o amor transcende a raiva, o erro, e não é só para momentos de alegria.
Amar é a confiança plena de que aconteça o que acontecer, você vai estar presente, não porque você me deva alguma coisa, não por uma posse egoísta, e sim só por estar, em uma companhia silenciosa. Amar é saber que o tempo, as tempestades e os meus invernos não mudam.
Amar é dar-lhe um lugar no meu coração para que você fique como parceiro, pai, mãe, irmão, filho, amigo, e saber que no seu há um lugar para mim. Dar amor não esgota o amor, pelo contrário, o aumenta. A maneira de retribuir tanto amor é abrir o coração e deixar-se ser amado.
— Agora entendo —contestou ela depois de uma longa pausa.
— É melhor viver isso —aconselhou-lhe o Pequeno Príncipe.
Outra bela explicação relacionada com a diferença da qual falamos é aquela que os ensinamentos budistas nos oferecem. Neles, afirma-se sabiamente que se você adora uma flor, a arranca para tê-la consigo, mas se “ama” uma flor, você a rega todos os dias e cuida dela.
Definitivamente quando amamos alguém o aceitamos tal como ele é, permanecemos ao seu lado e procuramos deixar depósitos de felicidade e êxtase em todos os momentos. Porque os sentimentos, para serem puros e intensos, têm que vir lá de dentro.
Por isso é essencial fazer um exercício de trabalho interior e questionar se estamos fazendo tudo certo, se estamos demonstrando bem os nossos apegos e os nossos sentimentos, ou se, pelo contrário, estamos confundindo-os com o desejo de colocar as nossas relações em palavras duradouras e profundas.